comecei um exercício que um professor meu de guitarra sugeriu há muito tempo. serve para escrever letras de música. num caderno, escreva por 5 minutos pela manhã e 5 minutos à tarde tudo, absolutamente tudo o que vier a sua cabeça. repita por 30 dias sem falta, sem nunca ler o que passou. no fim do mês leia tudo e monte as peças.
adaptei isso para o meu mundo. preencho uma página por dia. transformei isso não somente num ritual diário de esvaziar fluxo inconsciente de idéias, mas também num estudo tipográfico e de layout de página criado de forma totalmente solta. a medida que as páginas passam, mais livre parece ficar. é a mente se soltando. e vai ficando interessante, bonito.
ontem percebi que o caderno evoluiu para, além do objetivo inicial, um bloco de anotações de idéias que eu possa usar mais tarde. uma cerveja com um bom amigo, um casal que se beija e dá pra ver sentimento verdadeiro, uma chuva de fim de tarde, um dia sem ver ninguém, uma tarde péssima que vira uma madrugada dançando sozinho na sala, alguém que aparece no momento certo e some na hora errada, uma sensação de alegria extrema, um vazio. tudo vai pra lá e vira inspiração.
a cabeça flutua e o coração acalma. o caderno que era um exercício vira um apoio, um paraquedas, um colete salva-vidas, um travesseiro macio. no meio dele se misturam frases das canções que eu mais ouço, que tocam fundo, que molham o olho e fazem trilha sonora para os meus longos passeios de madrugada pelo bairro do paraíso. coisa de uma pessoa só, procurando por si mesmo e aprendendo o que perdeu... o mais rápido possível.
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the pains of being pure at heart {2009}
contender / come saturday / young adult friction / this love is fucking right / the tenure itch / stay alive / everything with you / a teenager in love / hey paul / gentle sons
segunda-feira, 1 de junho de 2009
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